quinta-feira, 28 de maio de 2009

CUBA - Resistência Socialista na América Latina


Entre todas as resistências populares anti-sistémicas que sublevam actualmente a América Latina — e são inúmeras —, uma delas conseguiu fazer malograr a estratégia de dominação dos Estados Unidos: a do povo cubano. Única experiência revolucionária do Continente até ao momento vitoriosa, a mais antiga e radical das lutas latino-americanas coloca à hegemonia capitalista um problema insolúvel, que faz dela um perigo inaceitável pelo exemplo que dá: Cuba é a prova de que é possível na América Latina uma resistência socialista , anti-imperialista e anti-capitalista.

É esta presença do socialismo — revelando simultaneamente uma perda de controlo, por parte das forças dominantes do capital, de uma das peças da sua zona de influência máxima e o local preservado de uma alternativa para esta região devastada pelo neoliberalismo — que motiva os esforços de isolamento dirigidos contra ela (“elemento do eixo do Mal”) pela facção mais reaccionária do poder estabelecido nos Estados Unidos. Apesar de mais de 40 anos de guerra não declarada contra a Ilha, concretizada por inúmeras agressões directas ou terroristas, pelo mais longo bloqueio da História, pela ocupação militar de uma parte do território (base de Guantánamo) e por uma propaganda mediática, o governo dos Estados Unidos não conseguiu minar a base popular da Revolução, nem a dos apoios exteriores a favor da Cuba socialista , pois o facto é que esta goza de um prestígio imenso nos meios populares e progressistas. Muitos são os que, especialmente a Sul, admiram, aderem e desejam partilhar os seus valores e o seu projecto social. Há uma razão para isto, que é simples: os motivos que impulsionaram outrora a Revolução em Cuba — os estragos sociais causados pelo capitalismo e a violência imperialista dos Estados Unidos — não desapareceram nem da América Latina nem dos outros países do Sul; apesar de dificuldades reais de todos os géneros, os princípios das origens — justiça social e independência nacional — continuam a animá-la; para muitos, os objectivos almejados — um poder íntegro ao serviço da grande maioria do povo e uma sociedade socialista — continuam a constituir uma necessidade de futuro.

Mas a reacção norte-americana não é a única, longe disso, a obstinar-se contra a Ilha. Em França, “à esquerda” , há quem esteja persuadido da justeza da sua luta ao condenar Cuba, sem julgar necessário saber mais sobre o que se passa realmente na Ilha do que aquilo que é dito pelos órgãos de comunicação — unilateralmente hostis e posicionados nos seus chavões mediáticos (prostituição, corrupção, mercado negro, fachadas em ruínas… e “ditadura castrista” ) — ou pelo turismo intelectual. Os próprios comunistas, jurando que não voltariam a cair noutra, desorientados por uma série de derrotas e erros, preferem alinhar-se: dado que parece não passar de um resíduo anacrónico do sovietismo, Cuba deve cair. Este artigo tem por objectivo lutar contra este pensamento único anti-cubano , que constitui uma das múltiplas faces ideológicas da mundialização neoliberal–guerreira actual.


Postado por: Illana de Brito

Che Guevara


O HOMEM E O MITO

A reprodução da imagem de Che Guevara em camisetas e pôsteres geralmente utiliza uma famosa pintura feita pelo artista plástico irlandês radicado nos Estados Unidos Jim Fitzpatrick a partir da foto tirada por Alberto Diaz Gutiérrez, conhecido profissionalmente como Alberto Korda, divulgada pela revista Paris Match em 1967, pouco antes de sua morte, que se tornou a segunda imagem mais difundida da era contemporânea, atrás apenas de uma imagem de Jesus Cristo. A revista norte-americana Time incluiu Ernesto Che Guevara na sua lista das 100 personalidades mais importantes do século XX, na secção "Líderes e Revolucionários". Na Argentina foi eleito o maior político argentino do século XX, obtendo 59,8% dos votos, em enquete feita por TV.
A imagem do Che é mítica em toda a América Latina. Na localidade onde foi assassinado em 1967, ergue-se atualmente uma estátua em sua homenagem. Ironicamente passou a ser conhecido na região como "San Ernesto de La Higuera" e a ser cultuado como santo pela população local, que o ignorara quando esteve vivo dentre eles. Sua imagem mítica, capturada por Korda e imortalizada no desenho de Fitzpatrick, surge nos locais os mais diversos: em anúncios do banco de investimentos luxemburguês Dexia , num retrato feito com folhas de coca meticulosamente sobrepostas exibido no gabinete do presidente Evo Morales , em biquines da Companhia Marítima desfilados por Gisele Bündchen , em tatuagens no braço de Maradona e no peito de Mike Tyson .
O regime cubano ainda hoje homenageia Che Guevara, onde é objeto de veneração quase religiosa; as crianças nas escolas cantam: "Pioneros por el comunismo, Seremos como el Che". Seu mausoléu em Santa Clara atrai, todos os anos, milhares de visitantes, muitos dos quais estrangeiros .
Estátua em bronze em Rosário
Para alguns historiadores essa glorificação messiânica é injustificável. Para eles, longe de ser um humanista, Che Guevara aprovou pessoalmente centenas de execuções sumárias pelo tribunal revolucionário de Havana. Como procurador-geral, foi comandante da prisão Fortaleza de San Carlos de La Cabaña, onde, nos primeiros meses da revolução, ocorreram 120 fuzilamentos. Ele mesmo escreveu: "As execuções são uma necessidade para o Povo de Cuba, e um dever imposto por esse mesmo Povo.". Os "campos de trabalho coletivos", na península de Guanaha (campos cubanos de trabalhos forçados) foram uma criação sua. O próprio Che Guevara nunca fez segredo de que acreditava ser a luta armada a solução para os problemas que denunciava: " Como poderíamos contemplar o futuro luminoso e próximo se dois, três, muitos Vietnams desabrochassem na superfície do globo, com sua cota de mortes e suas tragédias imensas, com seu heroismo cotidiano, com seus golpes repetidos ao imperialismo, com a obrigação que lhe traz de dispersar suas forças, sob o ódio crescente dos povos do mundo !" Mas se por um lado advogava a violência da luta armada, como meio de atingir seus objetivos, por outro Che manifestava preocupação pela ética. Numa famosa entrevista com o jornalista Jean Daniel (L'Express, 25 de Julho de 1963, p.9.), Che dizia: "O socialismo economico sem a moral comunista não me interessa. Lutamos contra a miséria, mas ao mesmo tempo contra a alienação. (...) Se o comunismo passa por alto os factos da consciência, poderá ser um método de repartição, mas já não é uma moral revolucionária". Sobre a liberdade de pensamento disse: "Não é possível destruir uma opinião com a força, porque isso bloqueia todo o desenvolvimento livre da inteligência."(Che Guevara, "Il piano i gli uomini", Il Manifesto n° 7, deciembre del 1969, p.37.) . Em seu livro Socialism and Man in Cuba, expôs seu ideais de revolucionário: "Deixe dizer-lhe, com o risco de parecer ridículo, que o revolucionário verdadeiro está guiado por grandes sentimentos de amor. É impossível pensar num revolucionário autêntico sem esta qualidade. Quiçá seja um dos grandes dramas do dirigente(...) Nessas condições, há que se ter uma grande dose de humanidade, uma grande dose de sentido da justiça e de verdade para não caírmos em extremos dogmáticos, em escolasticismos frios, no isolamento das massas. Todos os dias temos que lutar para que esse amor à humanidade vivente se transforme em fatos concretos, em atos que sirvam de exemplo, de mobilização.

Fonte: Wikipédia

Postado por: Illana de Brito

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Marxismo

Definir claramente o sentido de Socialismo, hoje em dia, não constitui tarefa das mais simples. Essa dificuldade pode ser creditada à utilização ampla e diversificada deste termo, que acabou por gerar um terreno bastante propício a confusões. Constantemente encontramos afirmações de que os comunistas lutam pelo socialismo, assim como também o fazem os anarquistas, os anarco-sindicalistas, os sociais-democratas e até mesmo os próprios socialistas. A leitura de jornais vai nos informar que os governos Cubano, Chines, Vietnamita, Alemão, Austríaco, Ingles, Francês, Sueco entre outros, proclamam-se socialistas. Caberia então perguntar o que é que vem a ser este conceito, tão vasto, que consegue englobar coisas tão dispares. A História das Idéias Socialistas possui alguns cortes de importância. O primeiro deles é entre os socialistas Utópicos e os socialistas Científicos, marcado pela introdução das idéias de Marx e Engels no universo das propostas de construção da nova sociedade. O avanço das idéias marxistas consegue dar maior homogenidade ao movimento socialista internacional. Pela primeira vez, trabalhadores de países diferentes, quando pensavam em socialismo, estavam pensando numa mesma sociedade - aquela preconizada por Marx - e numa mesma maneira de chegar ao poder.

fonte:wikipedia

Postado por:Igayara Indio

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Socialismo Utópico


O socialismo é um conjunto de idéias, surgidas na Europa entre 1846 e 1848 que critica o capitalismo, em busca de uma sociedade igualitária.

O socialismo utópico teve como idealização os autores e pensadores: Sant-Simon, Charles Fourier e Robert Owen, que se basearam no livro de Thomas More, escrito no século XVI, Utopia. A denominação “Socialismo Utópico” foi concedida pelos marxistas que diziam que esses teóricos apresentavam os ideais e princípios de uma sociedade ideal sem apontar meios para alcançá-las.

Os ideais socialistas surgiram bem antes do século XIX três séculos antes de ser lançado o livro de Thomas More “ Utopia”. No século XVIII foi lançado o lema Iluminista: igualdade, fraternidade e liberdade.

No século XIX com as crises econômicas e o capitalismo se desenvolvendo as críticas ao liberalismo estouraram e instaurou uma ordem injusta e imoral. Na França os principais porta-vozes do socialismo foram: Saint-Simon e Fourier; e alguns princípios que eles implantaram nos paises eram:

• Crítica ao liberalismo econômico.

• Formação de comunidades auto-suficientes, onde uns ajudam aos outros.
• Troca de bens de serviço. Evitar abusos econômicos do capitalismo. Os principais socialistas apesar de tudo têm dois pontos em comum:
• Reformar a sociedade através da boa vontade e participação de todos.
• Melhoria de alojamentos e higiene, construção de escolas, aumento de salário e redução de horas de trabalho.

Postado por : Illana de Brito e Paulo Henrique

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Socialismo Libertário ou Anarquismo


Os socialistas moderados e autoritários,diziam que o Estado era fundamental para a organização da sociedade, já os socialistas libertários defendiam que o próprio Estado é a causa e o instrumento de perpetuação da desigualdade entre os homens.

O anarquismo surgiu na mesma época do socialismo. A primeira teoria anarquista é o fim da propriedade privada, pois segundo alguns autores dessa época,como, Proudhon, diziam que isso era o suicídio da sociedade. A segunda teoria é o fim do estado. A terceira teoria é a crença na liberdade e ordem obtida de forma espontânea, sem a intervenção do Estado através de leis.

Os anarquistas auto-denominados socialistas libertários veem qualquer governo como a manutenção do domínio de uma classe social sobre outra. Compartilham da crítica socialista ao sistema capitalista em que o Estado mantém a desigualdade social através da força, ao garantir a poucos a propriedade sobre os meios de produção, no entanto, estendem a crítica aos socialistas que advogam a permanência de um estado pós-revolucionário para garantia e organização da "nova sociedade".

Para os anarquistas deveria haver uma sociedade sem Estado, equilibrada na ordem, na liberdade de forma voluntária e na disciplina de cada um. O estado seria uma invenção, não existiria, seria algo abstrato, uma ficção, uma mentira, que defenderia apenas as classes mais altas. Entretanto, os anarquistas são a favor de uma organização voluntária, onde as pessoas poderiam e deveriam ter a liberdade sem ter que seguir nenhuma norma partidária. Dessa maneira a comunidade deveria tomar decisões sobre seus interesses, se responsabilizando pelo seu grupo social,ou seja, sem existência do estado e de leis.

O primeiro que revelou ser um anarquista e a defender claramente uma visão socialista, foi Joseph Proudhon, depois dele apareceu Bakunin. Mais tarde apareceram importantes teóricos do anarquismo, com Errico Malatesta, Emma Goldman e Piotr Kropotkin.

Social democracia


A social-democracia é uma ideologia que surgiu no fim do século XIX e início do século XX por partidários do marxismo que acreditavam que a transição para uma sociedade socialista poderia ocorrer sem uma revolução, mas por meio de uma evolução democrática. A ideologia deste socialismo prega uma reforma legislativa no sistema capitalismo para torná-lo mais igualitário, tendo em meta uma sociedade socialista. Aceita a propriedade privada, apostando numa política centrada em reformas sociais caracterizadas por uma grande preocupação com as pessoas mais carentes ou desprotegidas e uma distribuição mais eqüitativa da riqueza gerada.
Partiu das idéias de Karl Marx em que seria possível estabelecer o socialismo por meio de uma revolução pacifica e democrática.
postagem de Thayse e Krinne

Socialismo Cristão

O socialismo cristão foi um movimento que teve o seu início em meados do Século XIX, nas obras de vários doutrinários cristãos católicos, principalmente franceses como (Ozanam, Lamennais, Montalembert, Albert de Mun.) e alemães (Ketteler) que propunham um socialismo novo, baseado nos ideais do cristianismo, oposto à luta de classes, mas preocupado com as reivindicações das classes pobres e trabalhadoras, propondo um governo mais justo e uma sociedade mais equilibrada.